Soneto da Guerra e Paz

Quando armas falam alto na discórdia

As pessoas não contam e são carne,

Que vai cair por terra já sem cerne,

E tão informe extinguir-se na mixórdia,

Da dor sem que se tenha mais segredo

Da vida sempre digna ser vivida,

E não mero arremedo vil de vida,

Tangidos pelo ódio e com medo.

Sonhei, há que esperar, que voa o avião,

Com ruído e a criança olha o céu,

do ventre do dragão sai doce bom.

As bombas acabaram, meu irmão!

E imagino o sorriso sob o véu.

E pra jogar foguetes...Reveillon.