Purificação

O fruto falho flui do frio afeto,

Famigerado e insólito embrião.

Ferido, fulminado, o desafeto,

Fruindo em flor, fecundo coração.

Porção fatídica ofertada ao feto,

Queimada a ferro e fogo, em erosão.

Bicho que gane, palavreando quieto,

Na alma do animal que cinge ao chão.

Diáfanas perfídias derradeiras

Nos falsos fariseus forçando as beiras

De fibras malfadadas por feição.

Funestas formas fúteis na lareira,

Fantasma dum final feliz, fração

De feixes de fumaça e aflição.

Magmah
Enviado por Magmah em 08/01/2009
Reeditado em 08/01/2009
Código do texto: T1374438
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