Ao bardo

É burilando no metro tuas musas

E construindo em essência a poesia,

Que do compasso sonoro tu abusas,

Pois que te surge do nada e é alforria.

Enfim dominas magia e condão.

Tu vais cifrando, elidindo e rimando,

Para dar música a uma canção

Que ecoa em ti já num ritmo brando.

Poeta, encantas a mim, sobretudo,

Com o teu verbo de tal precisão,

Que vais despindo e tornando desnudo

Bem lá no ato da sua criação.

Ah! Tu penetras do poema, no abismo,

Em paroxismos de entrega e paixão...

Magmah
Enviado por Magmah em 12/01/2009
Código do texto: T1380818
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