Soneto do Amanhã

Nunca esquecida, de quem só conheço

Bela imagem, o nome e letras fortes:

Disso, meu coração paga alto preço

E minha ilusão já sofreu mil mortes!

Desconhecida, por quem me amanheço,

Marcando em ti meu poético Norte:

Os tantos versos que em teu nome teço,

Não me dão alento que me conforte!

Correm os poemas para tua lembrança

Assim como o rio para o mar corre,

Inda que fraco o vento da esperança;

Que o meu amanhã te traga, me ocorre

Sonhar, enquanto o hoje não te alcança,

Porque, afinal, o amanhã nunca morre!

Santiago Cabral
Enviado por Santiago Cabral em 27/01/2009
Reeditado em 12/10/2011
Código do texto: T1407503
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