ANJO MUITO DOIDO

Pelas penas que flutuavam no céu,

Que não flutuavam no céu por acaso,

Fiz remendo do maluco ego meu

E completei com o torto do embaço.

Ao apagar as reflexões dos contrários

Rebentou-me pureza no incidente

Longos rios de vândalos calvários

Ásperos insurgiram, continuamente

Mas não remei na correnteza vigária

Projetei pândegos arcos luminados

Atracando em profundeza hilária

Ora, se iria deixar cais entrementes

Viajar não leva tempo, só tóxicos

Na fissura dos mais independentes.

Kadja Ravena
Enviado por Kadja Ravena em 30/01/2009
Código do texto: T1413630
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