Faíscas nos olhos

Faíscas nos olhos

Teorizo a matéria em vazios,

Espalhando migalhas na mesa.

Tenho n’alma um terreno baldio

E sou cúmplice, invento a surpresa.

Num pé d’água em desterro que cai,

Com faíscas nos olhos, despejo

Baço mar de friezas que vai

Já castrando e calando o desejo.

Sol que arde em mormaços febris,

Eu recorto horizontes num lume,

Sucessão inconstante de agoras...

Tatuagens em mim eu que fiz,

Sou um bicho com garras em gume,

Afiadas, magoam... esporas.

Magmah
Enviado por Magmah em 07/02/2009
Reeditado em 03/06/2009
Código do texto: T1426832
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