Leito das lamentações

Ao apagar das luzes o meu corpo tenta relaxar;

O escuro toma meus olhos e meus braços vazios;

Os sonhos chegam e minha mente está a dispersar,

Os pesadelos vão..., e as orações tornam-se martírios.

Ó Deus, porque me criastes separado de quem eu sou?

Se sabes – Ó Senhor dos Céus – que vivo por amor!

Quando estou longe de minha melhor parte, ou,

Sinto angústia pela saudade, ou viro pecador!

Digo isto, porque em sua presença, vejo paz e não dor;

Meu coração acelera, e meu corpo não mais letargo,

Renasce de novo, para amar outra vez sem pavor.

E, se em minhas preces não ouvistes o meu terror,

Saberás dos meus murmúrios, brevemente eu afirmo,

Quando no teu altar subir-me a casar em som de fabor.