Pelos vãos da madrugada

Cerradas pálpebras, cobrindo o amanhecer

Que já se infiltra na cortina transparente,

E um beijo doce nos meus lábios faz ceder

A lassidão que me mantinha inconsciente.

Quimera em quadro tão lascivo então eu pinto:

Carícias quentes e volúpia sobre o leito,

Suspiros mudos no silêncio do recinto,

Olhares turvos e o teu peso no meu peito.

Semi-real toda essa noite e seus clamores...

Molhada em ondas dos teus mares, a minh’alma

É aquecida por desejos e rubores.

Libidos soltas nessa imagem tão sonhada!

No lusco-fusco das paredes do meu quarto,

Nossos orgasmos pelos vãos da madrugada.

Magmah
Enviado por Magmah em 25/02/2009
Código do texto: T1457569
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