Vigília

Só sua ausência já me rouba a calma,

Toma-me o sono e me envenena a lida,

Fazendo dela lágrima e ferida,

E com mil lanças me perfura a alma.

Faz-me sangrar o timbre dessa voz,

E do seu cheiro, o recordar me fere.

O espanto em medo a esse sonhar adere,

Quando, em vigília, paro e penso em nós.

Na sua vida eu sempre fui segredo,

Uma lembrança boa, um bem-querer,

E, do Pulsar, somente o arremedo...

Eu temo que ele, ao me lembrar, murmure

O nome dela no lugar do meu,

E que essa mágoa em mim jamais se cure.

Magmah
Enviado por Magmah em 04/03/2009
Código do texto: T1468682
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