Mateando

Sorriem pra mim, em cortejos que as têm,

estrelas num céu que é repleto de sonhos.

Mateando à noitinha, eu sinto porém

que há por aí outros olhos tristonhos...

E os meus já se perdem, se vão: horizontes

compostos por mares, vertentes, cachoeiras.

Eu leio os teus versos e deixo que contes

teus medos, segredos e tudo que queiras.

Se a estrela é cadente, desperta saudade

das noites geladas ao pé da fogueira,

chaleira no fogo e a erva cevada...

Geada nos campos, se vê da cidade,

e o frio enregela a pele trigueira

do poeta gaudério de alma inspirada.

Magmah
Enviado por Magmah em 04/03/2009
Código do texto: T1468684
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