Oráculo das mãos

Voltei a orar num céu de muitas sendas,

E ascender no solar do coração,

Um mar com rosas brancas de oferendas,

Sol líquido da imaginação.

O horizonte ancestral, veio das terras,

Saliva no meu chão, beiço das hortas.

Que grande boca no engolir das eras,

Me joga à vida o peso das encostas?!

Minhas mãos vassoureiras limpam cascas,

Nas cabeceiras mornas da memória,

Por águas fundas livres das borrascas.

A sós, viverão nuas como lanças,

E brincarão no céu a absurda história,

Como unidas assim, foram crianças!

Canoas, janeiro de 2009/RS

Eliane Triska
Enviado por Eliane Triska em 06/03/2009
Reeditado em 06/03/2009
Código do texto: T1472354
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