Fome de amor

A toda hora, qual fosse um quebrante,

E, a todo o instante, um querer me devora.

É interessante o rubor que me cora,

Fora, senhora, e por dentro uma errante.

Não tem um nome o clamor que me invade,

E, sem alarde, me gera essa fome.

Essa vontade que já me consome,

Que nunca some e é um instinto covarde.

Eu tanto anseio que espanto esse medo,

Num arremedo de sonho e enleio.

Só no meu seio eu o guardo em segredo.

Mas não me apraz um prazer corrompido,

Nem o estampido em paixão satisfaz.

Eu busco a paz por detrás do alarido...

Magmah
Enviado por Magmah em 09/03/2009
Reeditado em 09/03/2009
Código do texto: T1477107
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