A PORTA

A PORTA

Não sei o que seria de mim se não fosse a porta.

Quem é que me guarda e protege com discrição?

Quem é que me encobre se estou com preocupação?

Só ela é que cala, se choro, e tudo suporta.

Que coisa mais triste seria não termos porta!

O vento e a poeira fazendo revolução,

A chuva bem forte caindo em inundação.

Só ela é que esconde as mazelas e nem se importa...

E quando os amigos visitam-me, vou correndo

Feliz, para abrir minha porta de par em par.

Mas torno a trancar, quando o dia já vai morrendo.

Não quero surpresas aqui, de um ladrão chegar,

A casa arrombar. Fecho a porta e vou me escondendo.

Tão útil pra mim esta porta a me resguardar!

Maria do Céo Corrêa
Enviado por Maria do Céo Corrêa em 12/03/2009
Código do texto: T1482847
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