Cordas que o amor ponteia!
Não vejo nada, o caminho é escuro
Quando vejo, prefiro a solidão da noite
Em sua face cruel, o látego do açoite,
Em carícia febril vestida com apuro.
Ouço vibrar dentro de mim com emoção
O trinar gritante do bem te vi imortal
E sigo a caminhada torpe sem ideal
Em busca do El dourado da emoção.
Quanta gente ri da face ensandecida
Rir até fartar seu senso de loucura
Pela inveja malograda de asa ferida...
Riem-se, as pessoas, da desdita alheia
Da dor que lhe impõe mágoa e agrura
E que o doce sentir de amar ponteia.