Cordas que o amor ponteia!

Não vejo nada, o caminho é escuro

Quando vejo, prefiro a solidão da noite

Em sua face cruel, o látego do açoite,

Em carícia febril vestida com apuro.

Ouço vibrar dentro de mim com emoção

O trinar gritante do bem te vi imortal

E sigo a caminhada torpe sem ideal

Em busca do El dourado da emoção.

Quanta gente ri da face ensandecida

Rir até fartar seu senso de loucura

Pela inveja malograda de asa ferida...

Riem-se, as pessoas, da desdita alheia

Da dor que lhe impõe mágoa e agrura

E que o doce sentir de amar ponteia.

Nísia Maria de Souza
Enviado por Nísia Maria de Souza em 18/04/2009
Código do texto: T1546310
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