Efígie
É um jogo de cintura ser feliz,
Manter o equilíbrio e ‘inda sorrir.
Mais fácil é ser somente um aprendiz,
Sem ter a consciência de um porvir.
Há muita singeleza nesse olhar
E um jeito de menina tão faceira!
Sutil e hábil malabar,
Sopesa a vida e a arte, sorrateira.
Que ledo engano o traço dessa imagem!
Sereia cega e surda que não canta,
Perdeu o seu encanto e já não crê.
E veste-se com trajes de miragem,
Esconde em si um fantasma que a espanta.
Lograda efígie, espelho de quem vê