Efígie

É um jogo de cintura ser feliz,

Manter o equilíbrio e ‘inda sorrir.

Mais fácil é ser somente um aprendiz,

Sem ter a consciência de um porvir.

Há muita singeleza nesse olhar

E um jeito de menina tão faceira!

Sutil e hábil malabar,

Sopesa a vida e a arte, sorrateira.

Que ledo engano o traço dessa imagem!

Sereia cega e surda que não canta,

Perdeu o seu encanto e já não crê.

E veste-se com trajes de miragem,

Esconde em si um fantasma que a espanta.

Lograda efígie, espelho de quem vê

Magmah
Enviado por Magmah em 29/04/2009
Código do texto: T1566775
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