Humanidades...

O sonho se perdeu no mar revolto, no mar

Foi lavado pelas águas da sarjeta fétida

Morreu no balanço da lança intrépida

Que o arqueiro lançou no meio do olhar.

A dor morreu no peito cansado, no peito

Que guarda dentro si rancor e amargura

E se faz de doce em sua suave candura

Para esconder a dor do seu povo eleito.

A lágrima desfiou seu rosário, desalento

E um rio de sal se formou na face cansada

E fez um sulco de idade mal vivida, suada...

O amor surgiu profundo e desatento...

Sucumbiu lentamente diante da morte

Entregue possesso à sua própria sorte!

Nísia Maria de Souza
Enviado por Nísia Maria de Souza em 02/05/2009
Código do texto: T1570936
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