Espelho Quebrado

Rua deserta, noite escura, coração abandonado

Chuva num ritmo lento, pássaros canoros ausentes

Difusa luz espalhando sombra no passeio ao passado

Açambarcando conflitos implacáveis a solitária mente.

Silêncio sinfônico algemando a alma com leveza

Apetecendo ao poeta versejar viajando na memória

Umedecendo olhos que do pretérito traz tristeza

Aguçando lembranças que parte fizeram de uma história.

Grilhões fazem do poeta mero e pobre turista sonhador

Numa selva de rostos esquecidos num espelho quebrado

Conclamando um ritual insólito dum pranto em dor...

Orquestra de sonhos... Vida impar de um rimador!

Náufrago da realidade, romancista sem o fim esperado

Embriaguês de quem ama voando como um condor.

Norma Bárbara
Enviado por Norma Bárbara em 22/05/2009
Código do texto: T1608080
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