Renascendo... Soneto I
Fumega em tênue cinza esmaecida
O adormecer recôndito do amor!
Ventura lhe aporta, imerecida,
De estimulante hálito e frescor.
Do coração vibrante, o estertor
Desvenda-se em vereda incandescida
E da paixão, num sopro abrasador,
Flameja-lhe a favila adormecida.
Por fortuita roleta e leso vício,
De ruína empoeirada, ao descaso,
Sorri-lhe nova sorte em benefício.
Vida, vida... sujeitas probo vaso!
Na fuligem do altar do sacrifício
As promessas do amor tingem-lhe o ocaso.