Poeminha

Quiseste um poeminha muito belo

e eu o fiz, minha amada, sem desdém.

Mas não queres que o mostre a mais ninguém?

Não posso concordar. Já está no prelo.

Como não partilhar com outros cem

as delícias que gozo em teu castelo?

Como não dividir todo o meu zelo

com almas sem amor que nada têm?

Certamente não queres que eu esconda

o brilho dos meus olhos. Que engodos

furtariam o que a gente já viveu?

Acalma teu ciúme de anaconda.

Minha alma - meu poema - é para todos.

Meu corpo, que é o que importa, é todo teu.

PH Wolf
Enviado por PH Wolf em 23/05/2009
Código do texto: T1610117
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.