A Vìbora da Saudade

Surgiste provocando em minha trajetória ranhuras

Brindando com ironia desmedida minha sensibilidade

Fizeste de tuas palavras um coral de bases escuras

Onde havia perolas implantaste a víbora da saudade.

A dor abriu um labirinto de chagas no meu peito

O romantismo esvaeceu... no rosto apenas um esgar

A ausência da doçura retratou fielmente meu trejeito

Mesclando o amor num cenário de cinzento singular.

O turbilhão de emoções que formaste em meu viver

Colidiu com meu pensamento em ondas distorcidas

Num mar revolto de sentimentos inglórios e suicidas...

O jogo de tua indiferença deixou-me estarrecida

Meu mundo pediu arrimo para a alma ferida

Vertendo lagrimas conjuguei o verbo perder.

Norma Bárbara
Enviado por Norma Bárbara em 24/05/2009
Código do texto: T1612681
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