Tudo parece perdido
Quando olho pra trás e apenas vejo
um grande amor vivido no passado
perco-me no meu presente, negro
escuridão de um coração abandonado
Tento por vezes disfarçar o conflito
que tenho sempre dentro de mim
Meu grito interior é mais um gemido
de uma angústia que não tem fim
E assim vou levando minha vida
por estradas tortas, sou indecisa
não sei mais o que faço comigo
Só percebo uma lágrima escorrida
quando perco a esperança amiga
Vou sofrendo... Tudo parece perdido
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Esse soneto escrevi há algum tempo atrás, sempre todos os meus textos possuem um pouco de pessimismo, tal como na época do "mal do século"... Não é atoa também que meus poetas preferidos são Álvares de Azevedo e Augusto dos Anjos...