Chapeleiro
Na corrida me dói o joelho,
Uma razão sinistra me toca,
"Se deixar ele se entoca,
Quero o relógio do coelho."
Depois converso com a lagarta,
Ou escuto o rato desabafar,
Um sorriso de gato prende-se ao ar,
Entro na insanidade pela porta.
"Por acaso seu relógio marca ano?"
Pergunto para a menina vivaz,
A garota me enxerga insano...
No chá que o mundo bebeu,
Ajeito o chapéu e digo mordaz,
"Você me vê e louco sou eu?"