Morrer, mimetismo do amor.

Essa dor que sangra o peito e rasga a alma

aquecida pelas lágrimas da solidão cruenta

somente o teu suave embalar do sonho acalma

a tempestade de angústia que ora aumenta.

Tão simples dizer sim e ser feliz por um instante

e nesse instante mágico perder a noção de tempo...

se deixar esvair na languidez do sonho de amante

sob os beijos e carícias de seu corpo ao vento.

Entregar-se à volúpia do mar revolto em chamas,

sucumbir aos estragos miméticos do dengo infantil

e aliviar assim o peso do cansaço de sua cama...

Tomar para si o agasalho macio da noite fria

e num momento, só nesse momento febril

acreditar que é feliz, tem a si e sua poesia...!

Nísia Maria de Souza
Enviado por Nísia Maria de Souza em 28/05/2009
Código do texto: T1620234
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.