Morrer, mimetismo do amor.
Essa dor que sangra o peito e rasga a alma
aquecida pelas lágrimas da solidão cruenta
somente o teu suave embalar do sonho acalma
a tempestade de angústia que ora aumenta.
Tão simples dizer sim e ser feliz por um instante
e nesse instante mágico perder a noção de tempo...
se deixar esvair na languidez do sonho de amante
sob os beijos e carícias de seu corpo ao vento.
Entregar-se à volúpia do mar revolto em chamas,
sucumbir aos estragos miméticos do dengo infantil
e aliviar assim o peso do cansaço de sua cama...
Tomar para si o agasalho macio da noite fria
e num momento, só nesse momento febril
acreditar que é feliz, tem a si e sua poesia...!