O poeta, a criança e o elemental
Beijaste-me a alma com versos singelos,
Secaram-me as lágrimas tua canção.
Bem quentes, bem-vindos e sempre tão belos,
Os lábios pousaste no meu coração.
À nossa a poesia nós demos vazão.
Vivemos em mundos, os dois, paralelos,
Tal como se os braços, as mentes e as mãos
Enfim se tocassem, formando-se os elos.
Tiraste-me um peso do peito, não nego...
O teu ombro é mágico, é transcendental,
Apreço, carinho e aconchego por fim.
Há tantos de ti num conflito de egos:
O poeta, a criança e o elemental.
Qual deles então se mostrou para mim?