Renascendo... Soneto IV

Renascendo... Soneto IV

Entronando-me Rei, Torre erigida,

Plúmbeas nuvens aureolam-lhe a fronte.

Sobre o monte em toque de garrida

Ardil desponta a sombra no horizonte.

A súdita esperança seja fonte

De instante ilusão e empedernida

Sentinela a ajudar-me, (assim desponte)

Resguardando em me ter torre ruída.

Granjeio caridoso lenimento

De esperanças que possam recompor,

Nesse sorriso terno e sedutor,

Purificada fonte, luar argento,

Que venha nos suster em trono mor:

Rainha e Rei coroados pelo amor!