Eu vi morrer  o amor

Eu vi morrer o amor, sem ti, sozinho,
aos poucos se perdendo, sem guarida,
eu vi o amor morrer em plena vida,
carente de atenção, no próprio ninho;

eu vi morrer sem colo e sem carinho,
sem zelo, sem afeto e dor sentida,
sem nada p'ra estancar fatal ferida,
eu vi morrer chorando bem baixinho.

Não sei por que deixaste assim morrer,
o terno amor que foi somente amor,
o pleno amor profundo que era teu.

Eu bem tentei lutar, fazer viver,
morreu assim, sem paz, sem teu calor,
carente, só, sem ti, triste morreu.
 
Cuiabá, 6 de Junho de 2009.

Seivas d'alma, pág. 107
 
Cara poetisa Edir, o encanto do seu soneto me inspirou os versos que seguem:
 
Triste e sozinho, o amor morreu tão novo
 
Triste e sozinho, o amor morreu tão novo
Sem guarida, pouco a pouco foi minguando,
Vida ele tinha, porém, faltou-lhe o renovo,
Que o próprio ninho pede, suplicando.
 
Sem aconchego e tiritando de tão frio,
Destituído de afeto e em plena dor,
Ferido e acompanhado de arrepio
Chorou sentido por curtir seu estertor.
 
É inconcebível vê-lo assim se esvair
Tão terno era enquanto existiu
Amor tão pleno, preferiu se exaurir.
 
Em vão lutei tentando recobrá-lo
De nada adiantou eu insistir
Partiu pra sempre e nada pode superá-lo.
 
Natanael Santos Silver Spring, MD – USA 06 de junho de 2009 Fica com Deus. Abraços.


Obrigada, por seu constante car
inho! Edir
 
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 06/06/2009
Reeditado em 17/08/2020
Código do texto: T1634982
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