Laginha

Sonhos que despertam em masmorras

Apodrecidos versos sem encantos

Em calabouços perdidos num canto

Não esperança, não, não morras...

Por ser tão vil esse quebranto

Esqueço tão fraterna esperança

De tão sovinas lembranças

No jugo que colhe o pranto

Se acaso é doída a lembrança

Afasta-a sem beber o cálice

De tão suave e triste amargor

Nesse grande dissabor

Que aflora nesse ápice

De tão sutil aliança