Anomia...

O que dizer do que sinto nesta hora? São tantas e nenhuma emoção

a brincar com a madrugada dos meus olhos vazios pelo cansaço...

Não é bom estar alerta na madrugada, o silêncio do mundo é embaraço

que vai lentamente consumindo voraz e célere a sisuda e prática razão.

Continuo a escrever sem sentir o nascimento, estou dormente na letargia,

os versos brincam em frente à minha retina catatônica, me chamando:

- “Vem, vem comigo, vem no suave passo do vôo do cisne fazer poesia”.

Não atendo seu chamado e sigo errante feito nau embriagada, vagueando.

Um leve voejar de vida que se entrega, assume o último lampejo de dor,

os servis soldados do cérebro em cadência militar tocam o teclado,,,

não param, independem da minha vontade, me entrego à calma do torpor

que invade mansamente o meu espírito de solidão que povoa meu reinado,

as lembranças, gratas e salvadoras lembranças extraem um sorriso de amor

e este sorriso invade a alma e chega até o cerne do meu sonho idealizado...!

Nísia Maria de Souza
Enviado por Nísia Maria de Souza em 14/06/2009
Código do texto: T1648001
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