APELO DE AMOR!
O tempo, inexorável inimigo, deixa a minha alma em frangalhos
vai assumindo e consumindo a força vital que move o sonho
que morre na realidade e faz de nós inconsequentes espantalhos!
Vem tempo, sê meu aliado... em suas mãos eu me exponho...!
Você que tem a chave mágica da essência que habita em mim;
você que feito mentor, mestre e discípulo me prende à cintura;
você meu amor antegozado, nunca, jamais conhecida a tessitura;
você, meu encanto, minha esperança, minha quimera, meu jardim!
Amar, verbo intransitivo, dizia o poeta que me antecedeu em fama
mas, nunca ele experimentou dessa doce e fugaz lógica da vida,
pra que viver se não sentir do calor da alma... sufragada em chama?
Pra que viver? Se meu amor está sufocado no espaço gelado
que me amordaça e me impinge uma forma jamais concebida?
Vem amor, vem me resgatar da vida sem sentido, invólucro fechado!