APELO DE AMOR!

O tempo, inexorável inimigo, deixa a minha alma em frangalhos

vai assumindo e consumindo a força vital que move o sonho

que morre na realidade e faz de nós inconsequentes espantalhos!

Vem tempo, sê meu aliado... em suas mãos eu me exponho...!

Você que tem a chave mágica da essência que habita em mim;

você que feito mentor, mestre e discípulo me prende à cintura;

você meu amor antegozado, nunca, jamais conhecida a tessitura;

você, meu encanto, minha esperança, minha quimera, meu jardim!

Amar, verbo intransitivo, dizia o poeta que me antecedeu em fama

mas, nunca ele experimentou dessa doce e fugaz lógica da vida,

pra que viver se não sentir do calor da alma... sufragada em chama?

Pra que viver? Se meu amor está sufocado no espaço gelado

que me amordaça e me impinge uma forma jamais concebida?

Vem amor, vem me resgatar da vida sem sentido, invólucro fechado!

Nísia Maria de Souza
Enviado por Nísia Maria de Souza em 15/06/2009
Código do texto: T1650683
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