ÚLTIMO ROMÂNTICO

Quem sabe, sou o último dos amantes,
O qual brinda a mulher com galanteios,
Com fineza, e para isso eu tenho meios,
Sou a sobra da geração de galantes.

Não concebo uma mulher maltratada,
Sou do tempo que se dizia com vigor,
Em mulher não se bate nem com flor,
A que está a meu lado, trato de amada.

Mas preciso revisar meus conceitos,
Tudo evoluiu por outro caminho,
Hoje não escolhem mais os seus eleitos.

Preferem, muito mais, andar sozinho.
Dançar, só de longe, e mais com jeito
de exercício físico, do que juntinho...

Marco Orsi

02.07.2009