A poética do nada

Hoje estou sem nenhuma inspiração.

Então, só vou falar hoje do nada,

Hoje é dia do Nada, sem ação.

Andemos nesta imensa e larga estrada.

O menino boceja e nada faz.

Ele boceja e logo, logo dorme...

Sou o menino que dorme e nada mais.

Este soneto em tudo é um nada enorme.

Mas se falo do nada, d’algo falo,

Pois aqui tem palavras, tudo é cheio,

Meu nada tem começo, fim e meio.

Como aqui pode não cantar o galo?

Ele não canta porque aqui não existe.

Só tem o nada... Nada, nada triste.

Daniel Tomaz Wachowicz
Enviado por Daniel Tomaz Wachowicz em 02/07/2009
Código do texto: T1679362
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