Karol
Não tendo a profissão da poesia,
Tentei versificar algum momento.
Nem sempre com amparo do talento;
Amparo que encontrei na teimosia.
E, eis, que me aparece, certo dia,
A flor do meu maior encantamento:
Você (não sei se por merecimento),
Encheu-me de paixão e de alegria!
Mas, se, de poetar, não tenho ofício,
E de escrever não tenha entretimento,
Também não é, assim, nenhum calvário,
Que traga-me enorme sacrifício.
Pois se é, a ti, de algum contentamento,
Serei o teu poeta imaginário.