GOTEIRA PSICOLÓGICA [LXXIV]

Escuto um pingo chato, ali, na pia!...

E, de tanto que a gota porre pinga,

seu ruído sem sal me fede a binga,

por lembrar-me goteira vã que havia.

Essa gota, que ainda agora xinga,

não apenas picou-me por um dia;

furou-me por semanas, faca fria

vinda de caixa d’água, que respinga.

Fedido o ar, sem eu dormir um tico,

o punhal me rasgava a contextura,

por isso – ali da pia – a tal critico.

E foi de uma masmorra infecta e baça

que ouvi de um cano roto a vil tortura,

gota a gota, a moer-me a carapaça.

Fort., 15/07/2009.

* * *

FORTURNA CRÍTICA / ADENDOS

G oteira foi a inspiração,

O que não faz uma imaginação

M ostra o quanto se faz criativo

E m uma cena de pingo vingativo

S aindo de uma pia

D e gota a gota voce não dormia

A ssim foi a noite e durante o dia.

S im um encanador viesse

I nvestir no conserto pudesse

L ogo voltaria ter noites calmas.

V enho aqui bater palmas

E m mais uma produção

I sto porque tens muita motivação

R edigi como um grande inventor

A lcança o coração com um belo humor.

COM CARINHO ANGELICA GOUVEA

Enviado por ANGELICA GOUVEA em 16/07/2009 11:05

para o texto: GOTEIRA PSICOLÓGICA (T1701870)

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 15/07/2009
Reeditado em 05/09/2009
Código do texto: T1701870
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