Soneto para Guilherme de Almeida

Culto e bravo sonetista, o ilustre campineiro

O tradutor de sonhos, outro verso à eternidade

De “Nós” a “Toda poesia” , coletânea de saudade

Academias orgulhosas e “luso herói” foste o primeiro

E das palestras em viagens, outra frase refinada

O sol nascente exalta o príncipe, poeta brasileiro

Dos elogios de Bandeira, dos meus Haicais: Foi pioneiro

À posteridade foi cultura quando a voz foi exilada

Era uma vez, anjo de sal, você, um acalanto...

No seu cantinho, naquela casa, escrever foi sua sina

Que hoje reluz acervos, só mais um encanto

Por seus escritos! Ó Brasões que nos ensina:

No mausoléu o herói soldado, mais um pranto

De saudade da doce e eterna casa da colina!