TESÃO DE PELE

Que mente veste a fúria dos prazeres

Senão aquela em gozo alucinante

Na voz que denuncia rouca e amante

Os gestos de atrevidos concederes

Que espaço por que tanto ofegam os seres

Acolhe simplesmente e mais arfante

Como esse que se assume estimulante

Bem crente em posição dos afazeres

Cabeça à Meca o resto desvendando

A pompa destacada acidulando

Em vida e de sentido carregada

Cereja que se expande arrebatando

Abrindo-se aos olhos serenada

A glória como quero saboreada

Miguel Eduardo Gonçalves
Enviado por Miguel Eduardo Gonçalves em 07/06/2006
Código do texto: T170961
Classificação de conteúdo: seguro