Cagando no mato

No mato ele cagava e não via

Que o bichinho observava-o de coca

A bosta saindo de sua loca...

Quase que acertava a pobre jia.

Derrepente uma onça. Que agonia!

Toma um susto e quase cai de costa.

Fecha o foreve ligeiro e corta a bosta.

As calças na mão e uma correria.

Jurou que no mato, não mais cagaria.

Sem poder comprar tijolos e cimento

Fez um buraco no quintal de sua casa.

Politicos ladrões na maior mordomia,

Cagam pro pobre; cruel esquecimento,

Têm mais de dez banheiros em sua casa.

Josérobertopalácio

Merda no ventilador

Assim é a vida doJoão, Zé Ninguém

E ninguém põe reparo na dor na tragédia

Vive ao deus-dará cagando no além

E multado é, se pego na comédia...

E vive o seu bode, recoberto de trapo

A remendar o retrato, sem ua fruta no cesto

Com a dívida ativa a comer seu barraco

E memória inativa, a votar de cabresto...

Os banheiros dos lords, são belos, sem cheiros

E a merda só vaza, com ventilador

Mas não ligam, são sempre, os politiqueiros...

E o Zé, no sopé, nem entende o direito

Que o que falta em seu bolso, tá lá sim senhor

No planalto, a pagar, do urubu, o confeito!

Ana Maria Gazzaneo

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 24/07/2009
Reeditado em 08/11/2009
Código do texto: T1716371