PÁGINA VIRADA

Volto à página da vida, ao avesso

corro em pontos de medo, era gracejo

fuga dos próprios grilos, hoje eu vejo

impulso à própria sorte, reconheço.

Dei-me as cordas do tempo e solto as pontas

vai passar o aviso e eu só devaneios

acordada, eu colhi os meus anseios

por mim mesma eu paguei as minhas contas.

Nessa visão eu vejo, os meus instantes

proliferando em tempos inconstantes

venturas de um engano que ora invento.

Se no poço tem molas, pula o barro

abrindo belas flores, que bizarro!

Fecho o livro, chegando ao meu intento.

Dáguima Verônica de Oliveira
Enviado por Dáguima Verônica de Oliveira em 29/07/2009
Reeditado em 30/07/2009
Código do texto: T1726327