A Pele do Lobo
Por desejos forrados de veneno
Naquele ritmo dos ósculos tépidos
Absorve o anseio inteiro no sereno
No caos da madrugada os alaridos.
Naquela febre acerba do terreno
Na tez do lobo aparecem aludidos
A tua voz ouvida às margens do Reno
Contextura da loucura, perdidos.
Bramidos que sibilam nas alcovas
O luar cru da alvorada invade o quarto
Devasso, escasso no passo farto.
Amantes passam, peçam aos que pensam
No calor um ardor, no amor não cessam
Num contentamento o alento encovas.
Dr Pavlov