Penicilina

Vai o álcool, tapa no miolo

Do filósofo alto, seus neurônios,

Estão ávidos, traga qual peônio

Recitado mais rápido, um rebolo

Cujo giro só esboça o desconsolo

Sendo a dor amainada no encômio

Da caterva que atônita, demônio,

Satisfaz os impulsos neste rolo.

Deus é morto, o artista diz, com ênfase,

Bigodão eriçado, qual Adônis,

Cabeleira possante como gênio,

Este morto não existe, falta base,

Fala o álcool, boca sem auspício,

Fala o gênio cheio é de sífilis.