Saudades de quem nunca tive

Saudades sinto de quem nunca tive,

Pois meus erros e pecados me contiveram,

Na cegueira cotidiana que como riste,

Fez destas a pena por não ver as que me tiveram.

Hoje, no leito das lamentações produzidas,

Por uma mente e não por um coração humano;

Peço ao Pai com fervor o perdão de minhas vítimas,

Que só sofreram pelo meu descrédito profano.

Mas se não fosse à vida a ensinar-me;

Como saberia talvez o que é amar,

Se só então sei o que é amar-me!

Deixe-me assim, Deus, que eu eternamente,

Que com os meus conflitos internos aprenda;

E que eu possa ser amado novamente.