À espreita
O inesperado está sempre à nossa espreita
o homem descrente fecha os olhos e deita
desprovido de emoções que dão cor à alma
esquece da vida e dos prazeres que acalma
A crença no amor, na luz indelével que brilha
no coração latente, a busca eterna da trilha
Esquece o presente ,refugia-se no seu mundo
Alheio ao que se passa, num torpor profundo
No círculo vicioso,. de um viver simplesmente
tocar-se pelas doses fugazes da falsa alegria
as angústias traduzidas em um corpo ausente
O poder da razão, vontade suprema do universo
se resume nas ações, realizações ainda suspeitas
reveladas num ímpeto desatinado, quase perverso