Estático na mudança

Passa o tempo na imortal mudança

E eu estático no mesmo lugar

Raspando vestígios de esperanças

De alguém que venha me encontrar

O fluir das coisas leva-me mais longe

E eu cada vez cansado, doente da vida

Protege a força restante, é um monge

Em um quarto lacrado da eterna ida

Queria poder ser achado

Como se um velho morto retrato

E fizessem narração de novos fatos

E se fosse eu arrastado

Para o beco das possibilidades

Demolia labirintos, tinha outras verdades

Marcos Rosa
Enviado por Marcos Rosa em 17/09/2009
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