SILÊNCIO...

Quando a vida silencia e os bem te vis emudecem

Não há mais nada, apenas o deserto e a solidão...

Em nossa volta as mágoas e dores fenecem

Para sentir na alma a fragilidade, a eterna ilusão.

E se a chuva permanece feito cortina de espinhos

Pintando o céu de tom cinza, melancólico, tristonho

Arrasta sobre si ao peso por decidir seus caminhos

Ciente da verdade que se veste de fantasma medonho.

Se o silêncio, esse anacoreta que trancafia a alma

Tenta consumir os vestígios de sonhos e flores

Resta somente uma página branca... tão alva...

São apenas versos... versos... nada mais sobrevive

E cada vez mais se contorce em suas fortes dores

Agonizando dia após dia, finge ser feliz e... convive!

Nísia Maria de Souza
Enviado por Nísia Maria de Souza em 18/09/2009
Código do texto: T1816659
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