O HOMEM NU

O HOMEM NU

Amanhecia... O sol nascia quente,

Como quente era a minha mocidade.

Ao raiar da manhã, felicidade

É coisa que se sonha, se consente.

Era um mundo dourado. Ardentemente

Envolvia-me aquela claridade,

Aquele olhar de amor e castidade

Vestindo-me de forma complacente.

Hoje, longe do olhar que me vestia,

Guardo a mágoa imortal como um proscrito.

Desabafo na minha poesia,

Pois na garganta já morreu meu grito.

No momento final dessa agonia,

Eu irei nu, bem sei, para o infinito.

Gilson Faustino Maia
Enviado por Gilson Faustino Maia em 19/09/2009
Código do texto: T1818777
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