Flor bela

Flor bela diz ser dos versos

As imagens que furta o olhar

E mesmo por tantos universos

Ainda vaga os olhos que há;

E não serão olhos-concretos

De inúmeros modos de enxergar

Olhos de abismos tão incertos

Em que poeta se preza a saltar;

Olhos de flor bela, olhos a mirar

O vácuo do coração de invernos

Entre vastos olhos vis e eternos;

Olhos de bela, flor que não está

Longe deste beijo quente e terno

Mas do poeta, flor bela está perto.

Valdemar Neto
Enviado por Valdemar Neto em 30/09/2009
Código do texto: T1840904
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