Energia das Manhãs

A energia das manhãs brota dos trigais

Hálito de luz em cada espiga madura

Do grão forjado à mó, a matéria mais pura

Nobre riqueza das instâncias matinais.

O que vem a nos ofertar os cereais?

O seu vigor salutar, a fibra, a candura

Levando à mesa, aos lares, ditosa fartura

Doces afagos de carícias integrais.

Nasce da poeira a mera essência da vida

Da alma o alento, do corpo a firme guarida.

O singelo milagre da transformação

Surge do labor das mãos, o rico sustento

O mais completo, puro e perfeito alimento

O imprescindível, divino e sagrado Pão.

Soneto classificado no II Concurso Pão e Poesia 2009.

Paulino Pereira Lima
Enviado por Paulino Pereira Lima em 04/10/2009
Reeditado em 22/10/2009
Código do texto: T1847680
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