A Bêbada

Não, não pergunte a mim nada

Não me equalize em onda curta

Nem me alimentes com vil fruta

Por quanto tu tens envenenada;

Não, não me sigas apaixonada

Não implore como flor murcha

Nem mostre-me a face suja

E quanto suja e nunca lavada;

Por favor, me tenha solitário

Nem me faças ouvir de otário

As estórias rotas que me sopras;

Por favor, chega meu horário

Deixa-me quieto e sem trabalho

E vai-te ao teu mundo, te soltas!

Valdemar Neto
Enviado por Valdemar Neto em 08/10/2009
Código do texto: T1855636
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