O condor e o algoz
 



O teu peito inflama como o fogo no matagal
Pelo desejo ardente de apenas um beijo
Mas o gelo se transforma em um rápido cortejo
Que acompanha o amor até o funeral
 
O céu com suas nuvens carregadas de fumaças
Espantam os abutres, mas o vingativo condor.
Some e se mistura com as garças
Para zombar tão-somente da tua dor
 
Pois outrora foi o principal algoz
Negou carinho e do amor zombou
Daquela mulher que tanto te amou
 
Agora, o melhor é calar a tua voz
Não grite e nem fale alto em nome do amor
Hoje, já não é nenhum merecedor.
 
sol pereira
 
13/10/2009