O ALQUIMISTA


Sobrevoa brejeiro nas asas do amor,
descobrindo-se completo e despojado,
pincela a vida numa escolhida cor
e em belas quimeras, se faz encantado.

Decide reverdejar um sombrio tempo,
ao desvendar quão frágil é sua emoção.
Refaz asas de sonhos no contratempo
recompondo a sinfonia do coração.

Salpica esperança no corpo-canteiro,
ofusca a dor que sangra e lateja,
tornando-se assim, sereno e inteiro.

Agora só consente que o olhar veja
o “eu” poeta, alquimista verdadeiro,
na poesia-luz que a alma verseja!



04/06/2006
Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 23/10/2009
Código do texto: T1882211