LOBA - Soneto nº 01

LOBA

Como um vulcão em erupção incendiaste a minh’alma carente

Como lava incandescente descestes as encostas do meu ser e a tudo lambuzastes com lascívia, sedução e uivar.

Como fera assassina mataste as minhas resistências,

Sim, como fera faminta comestes dilacerando todas as minhas nuances de pudor.

Agora, aqui estou eu, caído, carente, querente de você...

Enquanto que de longe sorris o teu sorriso maroto de fêmea no cio

E de longe, inatingível, desnuda de tudo que seja pudor ou tabu, dizes: “_Vem!”

Lânguida, obscena, fatal, com as curvas acentuadas pelo suor,

Com os cabelos despenteados,caídos molhados, carentes, convincentes,

Suas mamas cheias de desejos e calor, seu ventre suado, querido, querente de mim.

Tu, Odalisca de meus sonhos mais eróticos, sussurras em meus ouvidos:

“_Vem! Vem me fazer só tua por esta noite;

Leva-me ao ponto X do fulgor

Me faz mulher, me faztua mulher

Me faz, me faz...”